Causas

Factores genéticos: Sabe-se que o pânico e a agorafobia aparecem com maior prevalência em determinadas famílias. Embora parte desses sintomas possam ser adquiridos por aprendizagem, já que as crianças observam e imitam os comportamentos dos pais, há estudos genéticos que apontam para uma maior importância da hereditariedade em relação à aprendizagem. Crianças de pais com pânico e/ou agorafobia, adoptadas por pais sem a doença, têm maior probabilidade de a desenvolver, do que aquelas cujos pais biológicos são saudáveis; Crianças de pais com pânico e/ou agorafobia, adoptadas por pais com a doença, não têm tendência para vir a desenvolvê-la. Irmãos gémeos têm maior probabilidade de ter a doença do que irmãos não gémeos.
Experiências marcantes de vida: Apesar de provadas as causa genéticas da doença de pânico e fobias, há doentes em cuja história familiar não se encontram outras pessoas com a doença. Segundo várias teorias psicológicas, as experiências marcantes da vida poderiam servir de mecanismo de aprendizagem da doença. Assim, se a pessoa experimenta grande ansiedade ao lidar com determinada situação e essa ansiedade diminui quando foge dela, o indivíduo tenderá a evitar a circunstância desencadeadora da ansiedade ou circunstâncias semelhantes, gerando comportamentos fóbicos. Em resumo, parece haver uma interacção entre factores genéticos, bioquímicos e psicológicos no desenvolvimento da doença de pânico e dos comportamentos fóbicos.